Nessa quarta-feira, comemorou-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Houve várias ações de alerta contra o problema por todo o Brasil, com exames de saúde no local, exposições fotográficas, palestras e distribuição de planfletos explicativos.
"100% das pessoas que fumam vão ter alguma doença"
Roberto Stirbulov, presidente da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), afirma que todo fumante desenvolve, a longo prazo, alguma doença. "Pode ser DPOC, câncer de pulmão, ou problema de pele, no cabelo, bexiga, coração". Por isso é importante ressaltar os malefícios do tabagismo. O pneumologista é contra o termo vício. "Tabagismo não é um vício, é uma doença, é uma dependência química mais grave que a cocaína, por exemplo. A cada tragada os neuroreceptores aumentam", explica.
Segundo a chefe do setor na Santa Casa da Misericórdia, Analice Gigliotti, o cigarro contém 4.722 substâncias químicas que fazem mal e pode causar 50 doenças diretamente relacionadas ao tabagismo, como diferentes tipos de câncer, doenças cardiovasculares ou respiratórias.
“O cigarro tem o monóxido de carbono, que aumenta o risco de infarto, derrame cerebral, gangrena e reduz a oxigenação. Tem o alcatrão, que pode gerar câncer no pulmão, na traqueia, no esôfago, na bexiga e no útero. Além de o cigarro ainda gerar risco de enfizema, bronquite crônica, sinusite, aumento de infecção respiratória, pneumonia, envelhecimento precoce e, para as grávidas, pode até ocasionar aborto espontâneo”, alerta a médica.
Segundo adverte Gigliotti, não há níveis seguros de consumo dessas substâncias. “Apenas um trago de cigarro já faz mal. Fumar diminui a oxigenação dos vasos e faz a contração das artérias. Eu vejo a diferença até mesmo no rosto de uma pessoa que fuma e da que deixa de fumar”, comentou.
Mas, há esperança! Quem decide parar de fumar, pode encontrar ajuda em medicamentos e profissionais treinados. Fumantes que usam algum tipo de medicação, tem duas vezes mais chances de ter sucesso. “E quando a pessoa decide ter um acompanhamento médico na ingestão do medicamento, essas chances multiplicam por quatro. Os medicamentos são eficientes”, diz Gigliotti.
Uma campanha na tv australiana compara a força de vontade a um músculo: quanto mais você a exercita, mais forte ela se torna. Portanto, a cada cigarro que você NÃO fuma, sua força de vontade fica mais forte e o próximo cigarro que você NÃO fumar será ainda mais fácil de resistir.
O Ministério da Saúde divulga que, hoje, no Brasil, em torno de 14.80% das pessoas são fumantes e, em 1990, eram 33%. O ato de fumar está se tornando menos popuplar. Mais um sinal de que realmente faz mais mal do que bem!
Fazer exercícios físicos, optar por programas saudáveis como ir pescar ou ir à praia ou jardinagem, manter uma dieta com bastante frutas e legumes, procurar orientação médica e usar medicamentos são poderosos aliados no combate ao vício.
O Brasil está entre os países com os maiores índices de ex-fumantes, segundo estudo internacional divulgado, no último dia 16 de agosto, pela revista médica ‘The Lancet’. Então, que seja moda ser ex-fumante!! :-)
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