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Saturday, October 22, 2011

Enroladinho de filé de frango com prosciutto.

A bonitona da foto é a Inna De Wit, uma russa super animada que cozinhou a janta com uma facilidade invejável, durante a sessão de degustação de vinho e queijos!

Já passavam das sete da noite quando ela me buscou na estação de trem e passamos no supermercado pra comprar frango, prosciutto (presunto curado italiano), verduras e mais umas coisinhas.

Fomos pra casa dela e logo abrimos a garrafa de shiraz (Casillero del Diablo, Chile) que eu levei de presente! Depois do brinde - a nós duas!! - ela preparou o frango pra levar ao forno:

Abriu os filezinhos de coxa de frango dentro de um saco plástico e martelou, pra amaciar a carne. Depois, temperou com sal e pimenta preta, recheou alguns filés com figo seco e pinoles e outros com queijo roquefort. Enrolou cada filezinho com duas fatias de prosciutto e levou pra assar por uns 25 minutos. Tempo pra "degustarmos" todos os pedacinhos de queijo que ela encontrou na geladeira contra o vinho que bebíamos. Hmmm... os queijos mofados, como roquefort, até que vão bem com shiraz, mas, definitivamente, os mais encorpados, como romano, combinam perfeitamente com a personalidade forte e sabor achocolatado do vinho que é feito com a uva favorita dos australianos, shiraz.

Inna tirou os rolinhos de frango do forno e meu estômago roncou! Ela preparou uma salada e jantamos logo em seguida. Eu toda empolgada pensando que era um prato típico russo, perguntei como se chamava e ela, com uma cara de orgulho, respondeu: "enroladinho de filé de frango com prosciutto! Gostou?"... hehehehe

É interessante como é fácil formar - e manter - uma imagem superfical sobre as pessoas quando a gente se relaciona com estrangeiros. É fácil tender a pensar que tudo que a pessoa faz e fala é um retrato dos costumes de seu povo e esquecer que cada um tem seus próprios jeitos e gostos e nem sempre ecoam os de seus conterrâneos. Como ser brasileira, ter orgulho de ser brasileira, mas não necessariamente gostar somente de samba, mas ter prazer em ouvir música clássica também.

Olhando pro rosto sempre sorridente da Inna, lembrei de um dito que diz mais ou menos que "realmente enxerga aquele que vê com o coração"! Prato russo ou não, naquela noite, éramos somente duas mulheres curtindo uma boa conversa, em inglês, sem nem prestarmos atenção aos sotaques! :-)

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