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Thursday, March 8, 2012

So far, so good!



Essa é uma expressão em inglês que, na verdade, significa "até agora, tudo bem". Mas, aqui, nesse post, vai significar diferente: "tão distante, tão bom"! Por quê? Porque, já que escrevo em português e o blog é meu, posso traduzir do jeito que eu quiser! hahaha

Bem, é que estava pensando numa forma de falar sobre a condição em que se encontra quem está longe. Aquela pessoa que está longe de casa, da família, dos amigos e dos ambientes a que estava acostumada. As razões para ir viver em outro lugar, temporariamente ou não, só pode ser realmente totalmente entendida por quem já tomou esse tipo de decisão. Apesar de muita gente ter uma ideia (e uma opinião) sobre o assunto.

Quando passei meses na Alemanha, há doze anos - pela primeira vez fora do Brasil -, na volta, respondia às perguntas sobre essa experiência da seguinte maneira: "- É maravilhoso conhecer outras paisagens, outra cultura, gente nova, língua nova, diferente tipos de comida, roupas, música etc. Por outro lado, há momentos em que a gente se sente totalmente sozinha e desprotegida."

Em outras palavras, a possibilidade de estar num lugar totalmente novo e diferente do seu é potencialmente libertadora e a liberdade pode ser assustadora. Ao mesmo tempo que se está feliz por ser livre para explorar o novo mundo, tem-se que lidar com a insegurança e até mesmo com a saudade dos entes queridos que não podem estar ali para dividir as experiências e também as responsabilidades.

E, como acontece nos grupos em que indivíduos compartilham a mesma condição  (obesos, desempregados, estudantes, gestantes), os expatriados identificam-se e simpatizam-se com outros expatriados. Parece que existe um "código de conduta" implícito no qual diz que os membros do clube devem se confortar e se confraternizar mutuamente.

É interessante como a amizade se desenvolve mais facilmente com pessoas que também vivem nessa condição, independentemente de ambas viverem no mesmo país ou não. Explicando: moro fora do Brasil há mais de quatro anos e, graças a Deus, mantenho contato regular com os meus amigos brasileiros e também com os meus amigos cingapurianos e de outras partes do mundo. Mas, o pessoal que mora em algum lugar em que não nasceu, mantém essa ligação mais forte, com contatos mais freqüentes do que os amigos que vivem em seu próprio país, perto da família. Acho que é porque, apesar de estarmos bem e feliz onde moramos, somos constantemente lembrados pelas circunstâncias de que estamos distante de alguém, de casa.

Eu já me acostumei a viver longe. Quando morava em Cingapura, estava longe do Brasil e da família e do namorado australiano. Agora, morando em Katoomba, estou longe dos amigos que fiz na Ásia. Quando vou ao Brasil, fico longe do marido e da minha casa. Ainda bem que já aceitei essa condição. Não dá pra se ter tudo que se quer ao mesmo tempo! Mas, "até agora, tudo bem" ou "so far, so good"! :-)

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